PARA PENSAR

Se nado, sem rumo me afogo !
Há muito, anda assim à solta ...
E não cessa a brincadeira
O seu fadário revolta
Por ser o auge da carreira
Nos tempos de antigamente
Era tudo esclarecido
Culpa desta nova gente
De ritmo desenvolvido
Esta jovem geração
O melhor que ela faria
Deixar a devassidão
E dar ao povo alegria
São exóticas figuras
No cenário nacional
Imprudentes criaturas
Não divisam o bem do mal
Mostra num bobo papel
Mil pedaços do bastão
Recalcitrante e cruel
Apaga o facho da razão
Na ignóbil cobardia
Numa malsã explosão
Em natural fantasia
Prometem ao povo ilusão
São menestréis sem o ser
Palhaços da hipocrisia
Seus clamores a bem dizer
São furor de onda bravia
De oratória faustosa
Parece terem pendores
Promessa fantasiosa
P’ra cativar eleitores
Escondem o bisturi
Na atonia da vergonha
Indescritível o que vi
Na eloqüência bisonha
Mandar engolir palavras
E digeri-las após
São punhaladas, são cravas
Mesmo que ditas a sós
No compêndio de heresias
Soa aos ouvidos rumor
Que enche de hipocrisias
O amaro fel dessa dor
É soberba é impostura
Parecendo realidade
É a plebe imatura
Execrando falsidade
Preciso é ter paciência
P’ra ouvir tais imprecações
Tratam-se de Excelência
Nas *abissínias funções
São Paulo, 11/08/2009 Armando A. C. Garcia

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